As obras de construção do Centro Interpretativo Maria da Fonte, em Póvoa de Lanhoso, um investimento superior a 1,7 milhões de euros, estão “na fase final”, informou hoje o município.
Com aquele centro interpretativo, a Câmara de Póvoa de Lanhoso pretende divulgar e evocar a memória de Maria da Fonte, uma mulher do concelho que terá sido a principal instigadora da revolta popular ocorrida em Portugal, na primavera de 1846, contra o governo presidido por António Bernardo da Costa Cabral.
O Centro Interpretativo irá concentrar, com recurso a soluções digitais, publicações, estudos e documentos sobre o papel de Póvoa de Lanhoso no desenvolvimento do Liberalismo Português.
A câmara pretende que aquele equipamento possa vir a assumir-se como um “importante” núcleo de estudos daquele período da história de Portugal.
O centro acolherá outras iniciativas ligadas ao mesmo assunto, como exposições temáticas, serviços educativos transversais aos diversos níveis de escolaridade e etários, conferências, artes plásticas, representação e música.
O equipamento está a nascer nos dois edifícios contíguos ao Theatro Club, entretanto adquiridos pela câmara por meio milhão de euros.
As obras são financiadas por fundos comunitários em 1,4 milhões de euros.
Para o presidente da câmara, Manuel Batista, a construção deste centro interpretativo significa “saldar uma dívida para com a história” do concelho.
Natural da freguesia de Fontarcada, Póvoa de Lanhoso, Maria da Fonte terá sido a principal instigadora da revolta popular ocorrida na primavera de 1846 contra o governo presidido por António Bernardo da Costa Cabral.
Iniciada na zona de Póvoa de Lanhoso, a sublevação popular foi-se progressivamente estendendo a todo o norte de Portugal.
Como a fase inicial do movimento insurrecional teve uma forte componente feminina, acabou por ser dado à revolta o nome de Maria da Fonte.
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