As empresas da zona de Famalicão têm experienciado nos últimos tempos algumas dificuldades na contratação de trabalhadores, um cenário aparentemente improvável dada a elevada taxa de desemprego que assola o país. Os dados avançados do Centro de Emprego de Famalicão dão conta de que 45 por cento das vagas de emprego abertas no concelho nos últimos dois anos ficaram por preencher.
O “desajustamento entre o perfil pretendido e os candidatos inscritos no Centro de Emprego”, a que se soma “o elevado peso da economia informal”, são os responsáveis pelo desequilíbrio verificado, avançou ao Jornal de Notícias o director do Centro de Emprego de Vila Nova de Famalicão. Domingos Sousa revelou ainda que o maior número de vagas em branco se registou em áreas como o têxtil e vestuário, o agro-alimentar, a metalurgia e a metalomecânica.
O concelho parece ser um bom local para a procura de emprego uma vez que, no total, nos últimos dois anos, foram registados no Centro de Emprego de Famalicão 6 mil ofertas de postos de trabalho, das quais apenas 3 342 foram preenchidas. Apesar das dificuldades em responder à oferta de trabalho existente, o director avança uma perspectiva optimista sobre a evolução das taxas de empregabilidade no concelho, uma vez que “a percentagem de desempregados passou de 16 para dez por cento”.
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