O Salão Nobre da Câmara Municipal de Amares recebeu, durante a passada sexta-feira, as “I Jornadas Interconcelhias de Bibliotecas”. “Ler… para lá das palavras” foi o tema central do evento que teve parceria com a Rede das Bibliotecas Escolares (RBE) e o Centro de Formação do Alto Cávado (CFAC).
Educadores, professores de todos os níveis de ensino e profissionais ligados ao ramo bibliotecário foram os destinatários desta iniciativa, acolhida pelos municípios e bibliotecas de Amares, Vila Verde e Terras de Bouro.
Na sessão de abertura, o presidente do Município de Amares, Manuel Moreira, deu as boas vindas aos presentes e distinguiu as bibliotecas “como o local privilegiado para todos aqueles que amam as letras e onde se adquirem novos conhecimentos”.
Louvando a junção entre as letras e o conhecimento, o autarca referiu que “é preciso trabalhar cada vez mais pela cultura e que esse trabalho deve ser feito em rede”. “Estas jornadas são um bom exemplo disso”, concluiu.
A coordenadora interconcelhia da Rede de Bibliotecas Escolares, Fernanda Freitas, referindo-se aos resultados globais do exame de Português do 9º ano, inferiores ao do ano anterior, disse que “tem que se olhar para este resultados e fazer a diferença” e que ler é “essencial” em todas as disciplinas.
No primeiro painel da manhã, o professor da Universidade do Porto, Armando Malheiro da Silva, abordou o tema “As bibliotecas na era de informação”. “O tempo das bibliotecas mexe com o tempo de transição em que vivemos”, começou por mencionar, acrescentando que é importante avaliar o impacto das bibliotecas junto dos jovens num tempo cada vez mais difícil para elas – o da era da informação”.
O momento foi moderado pelo vereador da Cultura, Jorge Tinoco, que referiu que “as bibliotecas não são o lugar onde se guardam livros mas onde os livros nos aguardam e nos interpelam”. A frase sintetiza, de resto, a opinião partilhada por todos os oradores e participantes das jornadas.
Seguiu-se o painel “Desafios das Bibliotecas na era da informação” por Aida Gomes, Jorge Brandão e Diana Silva e, ainda, um momento musical protagonizado pelo Centro de Estudos Luís Capela.
À tarde, o professor Luís Amaral dinamizou a conferência “Singularidade Tecnológica e Nova Sociedade de Informação” e o escritor Alexandre Perafita e o ilustrador Pedro Seromenho deram vida ao painel “(Re)construir imaginários….para lá das palavras”.
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