José Morais, vereador do PS na Câmara de Vila Verde, revelou esta manhã que António Vilela não enviou qualquer resposta ao pedido de esclarecimentos a propósito da contratação de um novo empréstimo no valor de dois milhões de euros para, alegadamente, investir em obras estruturantes no concelho de Vila Verde.
O Partido Socialista concorda com a realização de tais obras no concelho. “São investimentos que o concelho de Vila Verde carece há mais de 20 anos e que em sucessivos mandatos têm vindo a ser propostas pelos eleitos do PS. Por isso mesmo, solicitou-se no dia de ontem um esclarecimento urgente quanto ao detalhe das mesmas, à memória descritiva, calendarização e custo das anunciadas obras nas vias rodoviárias, abastecimento de água e saneamento que a autarquia pretende levar a cabo com os dois Milhões de euros do empréstimo a contrair”, volta a recorda, em nota de imprensa, José Morais.
O também dirigente do PS lamenta que o edil “ainda não tenha respondido ao pedido de esclarecimento formulado”. “Estamos certos de que o fará até final do dia, credibilizando dessa forma a intenção de efetivamente realizar as obras, afastando as dúvidas demagógicas e eleitoralistas do anúncio das mesmas”, diz José Morais.
Para os socialistas, as obras deviam ser feitas com recurso à tesouraria municipal sem novos empréstimos”.
“Como acontece com outras autarquias que apresentam contas equilibradas, o Partido Socialista, mostra-se disponível para aprovar o novo empréstimo de dois milhões de euros. Para tal, o presidente deve assumir publicamente o compromisso de levar todos os procedimentos de concurso deste pacote de obras, financiadas pelo empréstimo, às reuniões de câmara, independentemente da modalidade e valor dos mesmos”, revela José Morais, acrescentando que “desta forma se garante transparência em todo o processo”.
“Só desta forma se garante que os dois milhões de euros do novo empréstimo serão efetivamente investidos no concelho de Vila Verde, com rigor, em obras estruturantes, e não gastos em políticas desgarradas, tal como tem acontecido nos últimos 20 anos de social-democracia”, remata Morais, que desafia Vilela para que “numa atitude de transparência e verdadeira democracia, aceda a levar, cada um dos procedimentos anunciados na tabela de obras, às reuniões de executivo camarário para conhecimento, análise e votação de todos”.
O Semanário V procura desde ontem obter resposta junta do presidente do município, mas até ao momento sem sucesso.
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