O instrutor e industrial escolas de condução de Vila Verde, que está a ser julgado em Vila Verde por ter atropelamento mortalmente um idoso e alegadamente abandonando a vítima à sua sorte, entrou em contradições permanentes no início da audiência que está a ser repetida. O julgamento acontece depois de relação de Guimarães ter considerado “nulo” o primeiro julgamento que ilibou Joaquim Magalhães Barroso.
Logo a abrir a sessão deixou as magistradas boquiabertas, ao referir que “o senhor que morreu tinha o hábito de atirar-se para cima dos carros em andamento”. A juíza questionou então se a vítima, Egídio Silva Soares, de 83 anos, “quis suicidar-se?”.
Nessa altura o arguido, Joaquim Magalhães Barroso, referiu que “caiu-me do céu”, referindo-se ao octogenário.
Egídio da Silva Soares, de 83 anos, residente em Gême, Vila Verde, foi prejetado a uma distância de cerca de 20 metros, quando Joaquim Barroso, proprietário da escola de condução Belavista – em Vila Verde e Braga – seguia em excesso de velocidade.
O MP, na acusação, refere Joaquim Barroso, de 57 anos, conduzia numa reta com 400 metros, “sem qualquer obstáculo que impedisse a sua boa visibilidade” e que a morte violenta se deveu “exclusivamente devido às manobras do arguido, que não respeitou nem os sinais verticais, nem as regras de trânsito”.
Segundo o Ministério Público, o arguido, “poderia e deveria ter evitado tal embate se tivesse a prudência exigida a qualquer condutor”. Por outro lado, face à vítima, “desinteressou-se sem parar no local do acidente e sem prestar socorro, deixando-a vítima abandonada à sua sorte”, salienta o MP, acrescentando que o arguido, instrutor de condução há 34 anos, “deixou a vítima indiferente ao seu destino, a padecer com traumatismos graves e em risco de vida”, acabando por falecer, em agonia.
Nas declarações, o arguido afirmou que “o meu amigo José Vasco Caldelas, que ia logo atrás, disse-me que isso foi um gato, mas eu achei que era um cão, só tendo saído daquela zona porque o carro começou a perder água”.
“Esta é a verdade, senhora juíza, não sei como é que foi aquilo, eu só ouvi um barulho, na altura não me apercebi de ninguém na via”, acrescentou Joaquim Magalhães Barroso.
(Notícia completa no Semanário V, 19 de outubro)
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