Viaturas de funcionários do Montepio de Vila Verde foram “multados” duas vezes no mesmo sítio pela mesma infração. Foi deixado um “aviso de incumprimento” pela empresa que explora o estacionamento na via pública a Sociparque, e um “aviso de contraordenação” deixado pelo Município de Vila Verde.
Em nota enviada à redação do Semanário V, Cristina Barbosa, gerente do Montepio de Vila Verde, não esconde a indignação: “hoje pelas 10:27h fomos surpreendidos pelos avisos nos três automóveis estacionados em frente ao balcão, todos eles de funcionários do Banco Montepio. Já que temos que trabalhar parece-nos óbvio estacionar o mais próximo do nosso local de trabalho possível evitando assim deslocações a pé e mais exposições.”
“Situação vergonhosa ocorrida hoje na Rua da Misericórdia”
Para Cristina Barbosa esta é uma “situação vergonhosa”. Diz que os “bancos são uma das atividades que têm obrigatoriamente que estarem disponíveis para atendimento ao público” e portanto os funcionários do banco não podem ficar em casa “junto das nossas famílias , protegendo-nos a nós e aos nossos, desta pandemia que pôs o pais em situação de Emergência Nacional.”
A gerente diz mesmo que “por todos, pomos todos os dias a nossa saúde em risco para poder continua a servir os portugueses. E fazê-lo com orgulho, uma vez que temos consciência que determinadas situações são urgentes e inadiáveis.”
No entanto, não entende como a Sociparque continua a “multar” as viaturas estacionados em frente ao banco: “não compreendemos, como é que a empresa Sociparque tem a ousadia de multar os nossos carros estacionados em frente ao nosso local de trabalho, quando a rua está completamente deserta ( não estando portanto as nossas viaturas a condicionar o estacionamento dos demais).”
Sociparque presta Serviço Essencial?
Cristina Barbosa interroga-se: “questiono-me se a atividade destes senhores da Sociparque também ela é considerada Serviço Essencial obrigando-os a andar nas ruas a fiscalizar os estacionamentos, ou se não deveriam eles mesmos ficar em casa evitando desta forma a propagação do vírus, sendo também agentes da saúde pública.”
Segunda “multa”
“Enquanto preparava este mail foram os fiscais municipais que também juntaram mais um aviso de contra-ordenação”, remata.
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