O Município de Barcelos celebrou um contrato de “aquisição de serviços de assessoria jurídica e patrocínio judiciário”, com duração de 20 meses, pelo valor de 72 mil euros, acrescidos de IVA à taxa legal em Vigor.
O contrato, a que o Semanário V teve acesso, foi celebrado com os sociedade de advogados do Porto “Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados”.
A Câmara Municipal de Barcelos, liderada por Miguel Costa Gomes (PS), pagará o valor mensal de 3.600 euros, acrescidos de IVA, o que totalizará o valor de 88.560 euros findo o contrato.
Miguel Costa Gomes está a cumprir o seu terceiro mandato como presidente da Câmara de Barcelos, estando assim impedido de se recandidatar, por força da lei de limitação de mandatos.
Costa Gomes e os problemas com a justiça
Em junho de 2019, Costa Gomes foi detido pela Polícia Judiciária no âmbito da Operação Teia, indiciado dos crimes de corrupção passiva e de prevaricação.
O autarca esteve em prisão domiciliária, uma medida de coação que entretanto foi levantada.
O juiz de instrução criminal considerou existirem indícios de que Costa Gomes beneficiou as empresas de comunicação da mulher do ex-presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, em troca de favores políticos, designadamente apoio para uma eventual candidatura à presidência da Federação de Braga do Partido Socialista.
O autarca de Barcelos ganhou eleições para a secção concelhia de Barcelos no passado dia 1 de fevereiro. Na sua equipa eleita, numa lista de 61 elementos, há um sobrinho, uma irmã, uma das filhas e até o companheiro de outra descendente. Mas o dirigente local não vê qualquer problema: não são remunerados, já lá estavam com os seus antecessores e “não é defeito ser familiar”, garantia ao jornal i em março deste ano.
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