Uma festa de casamento de cidadãos de etnia cigana no concelho de Moura, Beja, com cerca de 300 pessoas foi interrompida pela GNR na passada sexta-feira, às 14h00, depois de uma denúncia anónima, avança o Observador.
A GNR, que garante não ter tido conhecimento prévio do casamento, confirmou a presença de cerca de 300 pessoas num terreno de Póvoa de São Miguel, concelho de Moura, “sem que estivessem a ser cumpridas as medidas preventivas de contágio por Covid-19, designadamente o distanciamento social e a utilização de máscaras”. Os militares avançaram então para “a dispersão das pessoas, o que foi logrado, sem que tivesse ocorrido qualquer incidente”. “Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Moura”, acrescenta fonte oficial da GNR.
O Jornal de Notícias revela que a cerimónia foi realizada num terreno cedido pela Junta de Freguesia de Póvoa de São Miguel (JFPSM), localizado na pista de motocrosse da aldeia. De acordo com o mesmo jornal, tal cedência terá sido feita com a garantia de que existira um parecer da Autoridade de Saúde Pública e de que a mesma cumpriria as regras de segurança decretadas pelo Governo no combate à pandemia de covid-19: máximo de 20 pessoas, desinfeção das mãos com álcool-gel, uso de máscaras e cumprimento do distanciamento social. Nas redes sociais, o presidente da Câmara Municipal de Moura, Álvaro Azedo, escreveu que na tarde de sexta-feira pediu à GNR “intervenção para que o ajuntamento fosse terminado com a maior celeridade possível” porque terá ocorrido uma denúncia anónima e acrescenta que o município já se tinha manifestado “contra a realização de tal festa”, avança a mesma fonte, O Observador.
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